( 26/12/2016 )-- em português
<< 2°CADERNO -- Texto N°X >>
O reino da Liberdade-abstracta foi o da jorna do trabalho ilimitado, tanto para as crianças e para as mulheres, como para os homens; foi o da ausencia total de " segurança-social ". Portanto foi, para o proletariado, a época do HOMEM-INSTRUMENTO, do HOMEM-COISA, sem reservas, sem outra compensação senão aquela recompensa religiosa -- que representa a absoluta forma de alienação.
Em << Kapital >>, Marx dà-nos uma descrição que suplanta todos os tratados de Fisica e de Geopolitica sobre o reino da << Liberdade-formal >>; ele mostra como o Capitalismo concluiu a sua missão historica ( desenvolver a tecnica e a produção ) na indiferença dos numerosos désastres causados; como, desde o principio, està repleto de catastrofes, de massacres. Nenhum regimen économico e politico foi assim tão sanguinario!!!
O CAPITALISMO TEM DESTRUIDO TANTO COMO CRIOU !!! E, isto tranquilamente, impessoalmente, fiel às suas proprias leis internas.
Marx demonstrou suficientemente que nunca acusou o capitalismo de modo simplista, apenas moralista, ou maldosamente. Ele denunciou a infinita cupidez dos capitalistas -- como, por exemplo, a dos industriais inglêses que, em 1842, desfalcavam aos salarios dos trabalhadores as donações que faziam às obras-de-caridade !!! Observe-se que Marx especificou, com clareza, que estes industriais nada mais faziam do que aproveitarem-se das circunstancias, do << Jus utendi et abutendi >> que o reino da Liberdade-abstracta conferia aos seus trabalhadores.
-- Não pintei de côr de rosa os capitalistas e os proprietarios prediais. Trata-se de pessoas cuja unica medida personalifica as categorias economicas em que representam as relações de classes e os interesses que elas determinam. O meu ponto de vista ( que concebe o desenvolvimento da formação économico-social enquanto processo natural ) pode tornar o individuo responsavel das relações das quais ele é socialmente o produto, mesmo considerando-se subjetivamente as coisas que ele as ultrapassa de largo.. ( Prefacio do << Kapital >> )
Inutil sublinharmos a importancia desta ultima frase que refere-se aquilo que filosoficamente chamamos de << SUBJECTIVIDADE >> e que abre uma perspectiva para a teoria dialectica da individualidade, considerada como não-separada e não-separavel das condições da sua formação e da sua atividade -- todavia, ultrapassando-as.
( a continuar na Terça-feira, dia 31 de Janeiro de 2017, no << 2° CADERNO -- Texto N°XIII ) Observação -- OS NOSSOS FUTUROS TEXTOS SERÃO PUBLICADOS EM :