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( 30/09/2015 ) -- in português
Até ao presente e de um modo geral, os homens têm feito falsas representações deles proprios: do que são, como daquilo que deveriam ser... Foram ultrapassados pelas suas imaginações. E eis que, sendo criadores, se prostam perante as suas criações -- é um caso muito particular de alienação: a Alienação Ideologica !!!
Esta tem por antiquissima origem o facto do ser preceder a consciencia, determinando-a; por conseguinte ( e mesmo Hegel jà tal tinha sublinhado ), toda a consciencia avança em atraso daquilo que a caracteriza enquanto consciencia; e, especialmente quanto ao ser-social ( na sociedade real ) precedendo ( como determinante ), a consciencia desta realidade social. Ora, como existe uma sociedade real muito antes que a estrutura social possa condicionar e implicar o conhecimento racional, existe uma certa Consciencia da realidade social antecedendo o Conhecimento racional desta realidade.
TODA E QUALQUER SOCIEDADE E COMPOSTA POR INDIVIDUOS AGINDO. Porem, sempre que eles imaginam representações, estas exprimem o modo limitado de actividade e a situação social obtusa dos individuos que as criaram. De maneira que << a consciencia não deveria ser outra coisa senão o ser-consciente, pois o ser dos homens é o seu processo vital >> ( LOGO, SOCIAL !!! ); todavia, SIMULTANEAMENTE ESTE SER SOCIAL E TAL QUE << os homens e as condições surgem numa inteira ideologia invertida, como se inserida numa câmara-escura >>.
Primeiramente, << a consciencia não é senão uma consciencia puramente sensitiva, relacionada com o ambiente imediato, ou a consciencia da conexão-obtusa para com as outras pessoas e as coisas exteriores ao individuo >>... Seja, ela é ( ao mesmo tempo ) a CONSCIENCIA DA NATUREZA, impondo-se primeiramente aos homens com uma força exterior ( toda poderosa e inatacavel ) em função da qual os homens se comportam de maneira puramente animal -- é, PORTANTO, uma Consciencia Animal da Natureza ( uma religião natural ), PORQUE A NATUREZA NÃO ESTA AINDA MODIFICADA SENÃO HISTORICAMENTE... mas, é ainda a Consciencia-Nascente pelo facto de que o individuo vive em sociedade. Este principio é, por conseguinte, um comerçar tambem animal da vida social deste nivel; é uma Consciencia-Gregaria; o Homem não se diferencia do carneiro senão no facto de que a sua consciencia se substitui ao instinto, OU QUE O SEU INSTINTO E CONSCIENTE... A obtusa relação humana, com a Natureza, condiciona a relação obtusa que existe entre eles -- e reciprocamente.
Em seguida, surge a DIVISÃO DO TRABALHO. << Ela so é real a partir do momento em que se instituiu o trabalho material e o trabalho intelectual >>. Deste progresso nasceu um perigo, uma regressão, a possibilidade da alienação; porque, a partir desta altura ( E PRECISAMENTE DESTES CONDICIONALISMOS PRATICOS ) << a Consciencia pode, realmente, imaginar-se ser uma outra coisa que a consciencia da pratica existente, como pode considerar-se qualquer outra coisa que nada tenha de real >>.
( a continuar no " Texto N°27 ", para ser publicado na proxima Quarta-feira, dia 07/10/2015 )
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