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( 9/09/2015 ) in português
Anos depois do Manifesto de 1844, Engels voltou à questão da Liberdade, exprimindo-se nos seguintes termos:
-- Hegel foi o primeiro a expôr com justeza a relação entre a liberdade e a necessidade. Para ele, a Liberdade està no Conhecimento da Necessidade. A Necessidade não é cega senão enquanto ela é desconhecida !!! A Liberdade não consiste numa independencia ilusoria, relativamente às leis da Natureza, mas no conhecimento destas leis e, ainda, na possibilidade fundamentada de utiliza-las metodicamente para determinados fins.
Isto refere-se tanto às leis da Natureza exterior como às que regem o ser material e moral do Homem, ou seja: às duas categorias de leis que nos são acessiveis nas nossas ideias mas exteriormente à realidade.
A liberdade de querer não é, por conseguinte, senão a faculdade de se tomarem decisões com conhecimento de causa !!!
Desta forma, quanto mais livre estiver um julgamento sobre determinado ponto, tanto mais o seu conteudo ficara determinado pela necessidade ( Anti-Dühring, pagina 112 da 5° edição alamã ).
Este texto de Engels basta para mostrar que o Materialismo Dialectico esteve sempre presente em termos hegelianos, no problema da Liberdade.
Demonstra como a liberdade assente sobre o conhecimento da necessidade -- na Natureza, na Historia. Porem, so a teoria da << alienação >> ( integrada ao Materialismo Historico e Dialectico, bem como às teorias do dinheiro e do capital ) indica como A NECESSIDADE HISTORICA é tambem, e num sentido, a obra da acção e das liberdades humanas.
Portanto, apenas esta teoria mostra claramente como a NECESSIDADE HISTORICA ( a que falsamente chamam de << determinismo historico >>, atribuindo tal aos marxistas sem observarem a absurdidade dum tal mecanismo brutal ) se acorda com a realização da Liberdade e a Plenitude do Futuro Humano.
( a continuar no " Texto N°24 ", Quarta-feira, dia 16 de Setembro de 2015 )
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